Kerala, um lugar para sentir a Índia
Esse texto é uma colaboração entre Casamundi e DUO Network. Nesse artigo acompanhe o relato da Fernanda Morassutti, diretora da Casamundi. Em setembro, ela esteve em Kerala - região encantadoramente verde, na qual às margens das suas águas a vida acontece. Acompanhe seu mergulho espiritual e todo o aprendizado proporcionado por essa intensa viagem.
Aproveito e acompanhe o artigo escrito por Caroline Maya Gramaglio da DUO Network nesse mesmo blog sobre Kerala: https://www.duonetwork.com.br/single-post/2018/04/11/Os-encantos-de-Kerala
Foto: Cochin, acervo pessoal da Fernanda Morassutti
Quando surgiu esta viagem a trabalho, me questionei. Confesso que a Índia era um destino que nunca havia me chamado a atenção, confesso que tinha até um certo receio. Kerala é um dos 28 estados do país e meu roteiro incluía cidades como Cochin, capital do estado, além de Periyar, Kumarakom, e, no Sri Lanka, Colombo, Dambulla, Sigiriya, Minneriya, Matale, Kandy, Bentota or Ahungalla, Galle e Negombo.
O sul da Índia é bem diferente do norte. Há muitas plantações, poucos monumentos, se comparado com a grandiosidade produzida pelos sucessivos impérios do Rajastão; a densidade demográfica é bem menor, o índice de alfabetização é elevado, próximo a 100%. Lá, concentra-se a maior parte das universidades do país, além de ser o berço da medicina Ayurveda, hoje tão aclamada inclusive no Ocidente. Porém, desde o momento que coloquei os pés em Kerala, algo muito forte aconteceu. A energia o olhar das pessoas me tomou...
Os moradores de Kerala têm uma energia autêntica! Desde os motoristas, maleiros, guias, massagistas. Ali sente-se algo diferente, uma sensação de haver chegado em um lugar especial, que estava a nossa espera. Até o segundo dia eu não sabia o quanto eu precisava desta viagem. Um sentimento de encontro comigo, andando sozinha pelas paisagens, me peguei agradecendo a vida ao universo por estar ali.
Prakriti Shakti, localizado em cidade homônoma, é uma espécie de hospital de cura, rodeado por plantações de chá, Fizemos um retiro muito especial, em um hotel refúgio chamado lugar onde naturalmente a fala de todos mantém um tom baixo e pacífico. Até mesmo a minha voz mudou naturalmente, quase instantaneamente. Nesse hospital, desde as refeições, se aprende a alimentar a alma, em primeiro lugar, não o corpo. Lá, eu dormia e acordava cedo, hábito que confesso não fazer parte da minha rotina atribulada.
Na chegada, passei por uma entrevista para identificar o que precisava tratar, pois, se acredita que a cura está em nosso interior, nos nossos recursos que apenas precisam ser estimulados. Ali, me deparei com pessoas de diferentes partes do mundo e com variadas enfermidades, que viajam a Kerala em busca de cura pelo equilíbrio e aprendizado de ancestrais conceitos.
Foto: por do sol em Kerala. Fonte: acervo pessoal da Fernanda
Aprende-se que raramente deixamos o corpo se recuperar no seu devido tempo. Ansiosos buscamos por curas rápidas e definitivas. Com a medicina Ayurveda se aprende que uma boa noite de sono e descanso repõe quase tudo o que precisamos. Levei uma bolsa de remédios, que nunca abri, me tratei com óleos essenciais e bálsamos. Eu estava com uma dor no pescoço que não passava havia meses! Recebi uma massagem a quatro mãos, aí veio uma dor maior ainda, dormi e acordei completamente curada. Tudo é guiado pela naturopatia, os alimentos são crus e naturais, a forma que são preparados é que traz saciedade.
Entendemos que o sagrado é a conexão com nosso interior e o alinhamento com a natureza. É uma viagem para sentir e aprender, com pessoas que têm uma ligação profunda com a vida, além de um outro olhar. Cada um que fala com você, se expressa com dedicação verdadeira, a gente se sente único devido ao nível de atenção recebido, hoje tão em falta no cotidiano ocidental tão frenético.
A yoga nos abraça, as pessoas são espontâneas e realmente querem te conhecer. O hinduísmo rege a vida, não existe violência, roubos. É uma viagem para quem quer se dar um presente, um retorno à simplicidade e à própria essência.
Meu grande aprendizado, na verdade, foi não me desrespeitar mais, aceitar o meu tempo, meu instinto, mente sã, corpo são. Nunca me imaginei assim, sempre fui muito agitada. Cheguei a levar computador para trabalhar e só o carreguei, vi que não faria sentido usá-lo efetivamente. Essa viagem foi uma pausa necessária, um momento para me reencontrar. Eu que não queria ir a Índia, agora quero voltar mais e mais, sempre que puder.
Fernanda veste sari verde. Fonte: acervo pessoal da Fernanda
A Sita, representada pela DUO Network no Brasil, é capaz de dar todo o respaldo a viagens pela Índia, Nepal, Butão ou Sri Lanka.
A Sita é o DMC mais premiado de toda a Índia! São 55 anos de história e 22 escritórios próprios.
Saiba mais: info@duonetwork.com.br
Veja alguns vídeos produzidos pela Sita pelo Destination Knowledge Center sobre Kerala:
https://vimeo.com/247103320 (House boats)
https://vimeo.com/226258287 (Backwaters of Alleppey)